Ao longo de todo o mês de outubro, a #vistavctambem busca envolver dirigentes e trabalhador@s do ramo vestuário na campanha “Nós Vestimos Todas as Cores”
Tem início hoje (1º/10), nas redes sociais, a campanha de ativismo digital Nós Vestimos Todas as Cores – idealizada pela Confederação Nacional das/os Trabalhadoras/es do Ramo Vestuário (CNTRV-CUT), com o objetivo de sensibilizar dirigentes, companheiras e companheiros das fábricas, confecções e oficinas sobre a importância do olhar do movimento sindical para as questões de gênero e das diversidades sexuais.
Puxando a hashtag #vistavctambém, a campanha busca mostrar que, só com o envolvimento de todas, todos e todes, é possível resistir às violências e ao preconceito contra pessoas LGBTQIA+ e mulheres, inclusive no local de trabalho.
A campanha é realizada em parceria com o Solidarity Center, com o apoio da Laudes Foundation.
O machismo estrutural e o patriarcado ainda impõem a esses grupos muitas barreiras, que são ainda mais altas para mulheres transsexuais e pessoas negras.
Colorindo as Redes
Ao longo de todo o mês de outubro, a página da CNTRV no Facebook e a conta oficial da campanha no Instagram publicarão conteúdos com informações e reflexões sobre o assunto.
As redes sociais de sindicatos participantes também vão aderir ao movimento, que conta com o engajamento, além de dirigentes sindicais, de trabalhadoras e trabalhadores da base.
Ainda dentro das ações, o canal ROUPA COLORIDA foi lançado no YouTube e contará com conteúdo exclusivo para formação e esclarecimentos.
Um Site também foi lançado para reunir todas os conteúdos e materiais referentes ao projeto.
“Essa campanha tem o potencial de ir além da bolha com a qual o movimento sindical está acostumado a dialogar. Todo mundo tem um amigo ou um parente LGBTQIA+, mas nem todas as pessoas pensam que a violência que não desejam para o seu próximo também não pode atingir a outras pessoas. A ideia é levar esse tema para o coletivo. Quando falamos que ‘nós vestimos todas as cores’, tem muito desse propósito” avalia Cida Trajano, presidenta da CNTRV.
Movimento Sindical
A dirigente ressalta que o viés dos sindicatos também será abordado: “Exemplos concretos mostram que, quando há inclusão, mais pessoas se aproximam e compreendem a importância da nossa atuação. A organização se fortalece e, para isso, o empoderamento de mulheres e LGBTs é o melhor caminho pra garantir que sejam contempladas e contemplados nas cláusulas da negociação coletiva”, explica.
Projeto
Cida destaca que a campanha coroa sólido projeto, desenvolvido desde o mês de abril e que segue até o final do ano, abrangendo sessões de diálogo social, cursos de formação para dirigentes, rodas de conversa com as bases e ação sindical no local de trabalho.
“Infelizmente, em razão da pandemia, a maior parte das atividades precisou ser realizada em modo virtual. Mas, em novembro, teremos panfletagem e reuniões com as empresas no Ceará, no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais”, adianta a presidenta da CNTRV.
O projeto de empoderamento dos sindicatos para as questões de gênero e das diversidades sexuais também contará com o lançamento de uma cartilha e de uma revista.
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