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Negociação coletiva pode promover igualdade para trabalhadores LGBTs

Tema foi debatido na segunda aula do curso sobre direitos para a população LGBTQIA+


Arte: Diego Orejuela

Nesta segunda-feira, 17 de maio, organizações de todo o planeta reforçam a luta contra a LGBTfobia. As consequências do preconceito e da discriminação se reflete em todos os espaços sociais e, nas relações de trabalho, não é diferente.


A CNTRV, em parceria com o Solidarity Center e apoio da Fundação Laudes e Dieese vem desenvolvendo um projeto que busca debater a promoção da igualdade de gênero e fim da LGBTfobia no ramo vestuário do Brasil. Dentre várias ações, o projeto conta com um curso 100% online que teve, no último sábado, 15, sua segunda aula.


Com o tema “Sexualidade e Identidade de Gênero nas Relações de Trabalho”, a aula foi ministrada pelo consultor Pérsio Plensack que abordou os principais problemas vivenciados pelos trabalhadores e trabalhadoras LGBTs nos locais de trabalho. O educador chamou a atenção dos sindicatos para a inclusão de cláusulas em acordos e convenções coletivas que promovam igualdade.


Pérsio apresentou dados reunidos numa publicação da CUT que apontam apenas 6 acordos coletivos contendo cláusulas voltadas para trabalhadores LGBTs realizados no ramo vestuário em todo o país no ano passado. “Esses dados demonstram a necessidade de avançarmos neste debato e na formação dos nossos dirigentes para que voltem seus olhares à esta realidade e passemos a negociar mais cláusulas específicas”, apontou Miro Jacintho, secretário de Formação da CNTRV.


Segundo a publicação, que será lançada nesta segunda-feira, 17, a cláusula mais recorrente é a extensão de benefícios aos cônjuges nas uniões homoafetivas. Confira nos quadros abaixo:



Créditos: Almanaque LGBTQIA+ da CUT

Créditos: Almanaque LGBTQIA+ da CUT

Acesse AQUI o Almanaque LGBTQIA+ da CUT


Um longo caminha a trilhar

Para a presidenta da CNTRV, Cida Trajano, há um longo caminho a percorrer para que as representações sindicais sejam, de fato, inclusivas. “Quando olhamos a representação dos interesses gerais das categorias, vemos que os sindicatos o fazem muito bem, mas quando recortamos gênero, raça, juventude e sexualidade, por exemplo, ainda temos dificuldade de entender as particularidades e transformá-las em matéria para as negociações coletivas. Iniciativas como esta nos fazem observar o quanto precisamos avançar em nosso tipo de representação”, destacou a sindicalista.

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